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Testemunho de Chan tal Robson (parte 3) - Redirecionado Exame Direto pela Defesa

REDIRECIONADO EXAME DIRETO  PELO SR. MESEREAU:


P: Srta. Robson, se você achasse que seu irmão tivesse sido molestado por Michael Jackson, você teria ido a um advogado para pedir dinheiro?

SR. AUCHINCLOSS: Objecão. Requer especulação; argumento.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Mantida.


Mais uma vez o juiz Melville decide de forma injusta. O promotor fez pergunta tentando convencer a testemunha de que vítimas de abuso se comportam de determinada forma (escondendo o abuso) e Mesereau, agora, tenta mostrar que uma vítima, e os pais, não iriam busca dinheiro em compensação ao abuso, que é o que os Chandlers e os Arvizos fizeram. Como Melville permitiu as perguntas do promotor, seria muito justo que ele permitisse a do advogado para contrapô-las. Mas Melville era evidentemente a favor da promotoria e a beneficiava.

SR. MESEREAU: P promotor lhe perguntou se você acreditava ou não que seu irmão Wade sentia que a amizade dele com Michael Jackson era importante. Você se lembra dessa pergunta?

R: Sim, eu lembro.

P: E você disse que pensava, certo?

R: Sim.

P: Por que você acha?

R: Por que eu penso que todos que tem uma amizade com alguém pensam que o relacionamento é importante, senão não seria amigos dessa pessoa.

P: E é sua crença de que seu irmão tinha uma boa amizade com Michael Jackson?

SR. AUCHINCLOSS: Objeção; indução.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Negada.

A TESTEMUNHA: Sim.

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SR. MESEREAU: Você alguma vez viu problema nisso?
R: Não.

P: O promotor lhe perguntou sobre a ligação especial entre Wade e Michael Jackson. Lembra-se da pergunta?

R: Sim.

P: E você achava que ele tinha uma ligação especial com Michael Jackson?

R: Acho que sim, como qualquer outro amigo.

P: Você acha que você tem uma ligação especial com Michael Jackson?

R: Eu acho.

P: Por quê?

R: Por que ele é meu amigo e eu o amo.

P: Você acha que o Sr. Jackson tem uma ligação especial com sua mãe?

R: Sim, eu acho.

P: Por que você acha isso?

R: Pela mesma razão. Somos amigos e estávamos lá uns pelos outros.

P: Então o promotor lhe perguntou se você estava ou não confortável com o fato que crianças dormiam no quarto de Michael Jackson. Lembra?

R: Sim.

P: Você está confortável com isso?

R: Sim.

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P: Por quê?

R: Por que eu confio em Michael Jackson.

P: Por quê?

R: Por que é um sentimento que eu tenho. Ele é um amigo, e ele nunca, nunca me fez sentir que não pudesse confiar nele.

P: Então o promotor lhe perguntou sobre as palavras “Apple Head” and “Doo-doo Head”, certo?

R: Sim.

P: Você já ouviu essas palavras antes?

R: Sim, eu ouvi.

P: Vamos começar com“Apple Head”. Onde você ouviu essa expressão?

R: Michael chamava a mim e meu irmão de “apple head”.

P: Onde você ouviu “doo-doo head” ?

R: Michael chamava a mim e meu irmão de “doo-doo head”’.

P: Quando Michael Jackson lhe chamou de “apple head”, você alguma vez suspeitou que algum crime estava ocorrendo?

R: Não.

P: Quando Michael Jackson lhe chamou de “doo-doo head”, você alguma vez suspeitou que havia alguma razão sexual para isso?

R: Não.

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P: Quando Michael Jackson chamou seu irmão de “Apple Head”, você alguma vez suspeitou que algum tipo de abuso estivesse ocorrendo?

R: Não.

SR. AUCHINCLOSS: Objeção; indução.

SR. MESEREAU: Eu acho que ele começou isso, Meritíssimo.

SR. AUCHINCLOSS: Mesma objeção.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: A resposta foi “não”. Próxima pergunta.

SR. MESEREAU: Quando o Sr. Jackson chamou seu irmão de “doo-doo head”, você alguma vez suspeito que algo nefasto estivesse acontecendo?

R: Não.

Isso é absolutamente ridículo, mas sim, foi a promotoria quem começou isso. Que relevância tem o fato de que Michael dava apelidos às crianças? As crianças também o davam apelidos. E são apelidos bobos, sem nenhuma conotação maliciosa. A forma como a promotoria aborda isso, faz parecer que era um tipo de código, o que simplesmente ridículo.

P: O promotor lhe fez perguntas sobre vitimas de abuso, correto? Você acha que seu irmão foi vitima de abuso infantil?

R: Eu não acho.

P: Por que não?

R: Por que ele teria me dito.

P: Ele alguma vez lhe disse se foi tocado de forma suspeita?

R: Não, ele não disse.

P: Seu irmão alguma vez lhe disse que foi molestado?

R: Não.

P: Na verdade, seu irmão alguma vez lhe disse “eu nunca fui abusado por Michael Jackson”?

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SR. AUCHINCLOSS: Objeção;boato.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Mantido.

SR. MESEREAU: Não é verdade que por nem um momento você pensou que seu irmão tenha sido molestado por Michael Jackson?

R: Verdade.

P: Você não pensou por nem um Segundo que o Sr. Jackson tenha alguma vez molestado seu irmão, pensou?

R: É verdade.

P: Você não pensou nem por um segundo que o Sr. Jackson tenha alguma vez tocado seu irmão de forma sexual, certo?

SR. AUCHINCLOSS: Objeção; indução.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Negada. Responda.

A TESTEMUNHA: Eu não pensei por nem um segundo.

SR. MESEREAU: por que não?

R: Por que …

SR. AUCHINCLOSS: Objeção, perguntou e respondeu.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Mantido.


O quê?! Como perguntou e respondeu se ele perguntou“por quê?”. Ora Mesereau pediu uma explicação, ele não respondeu por Chantal. Mais uma evidentemente injusta decisão do juiz. Parece que Melville temia deixar que a testemunha afirmasse não haver motivo algum para pensar que Michael jamais molestou o irmão dela.

SR. MESEREAU: O promotor Auchincloss lhe perguntou sobre sentimentos de culpa na família por permitirem que o abuso ocorresse. Você se sente culpada por alguma coisa envolvendo sua relação com Michael Jackson?

R: Eu não.

P: Por que não?

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R: Eu não tenho motivos para me sentir culpada. É uma amizade normal.

P: No seu conhecimento, seu irmão sente alguma culpa sobre algo envolvendo sua amizade com Michael Jackson?

SR. AUCHINCLOSS: Objeção, especulação, boato.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Mantido.

Mais uma decisão injusta. É revoltante. O promotor perguntou sobre exatamente isso à testemunha e lhe foi permitido prosseguir. Então é boato perguntar se ela tem motivos para se sentir culpada, ou Wade não ter motivos para se sentir culpado, mas não era boato especular que eles se sentiam sim, culpados, e que isso era a razão para negar qualquer abuso?


MR. MESEREAU: Você discutiu com seu irmão sobre as alegações do promotor de que Michael Jackson o tocou de forma inapropriada?

R: Sim.

P: Você teve muitas conversas com ele?

R: Duas.

P: Seu irmão está praticamente chateado com essas alegações, não está?

SR. AUCHINCLOSS: Objeção. Boato, indução.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Negado.

A TESTEMUNHA: Sim, ele está.

SR. MESEREAU: Por quê?

R: Por que não são verdadeiras.

SR. AUCHINCLOSS: objeção; boato.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Mantido.

SR. MESEREAU: Você está chateada com essas alegações ?

R: Sim, eu estou.

P: Por quê?

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R: Por que elas não são verdadeiras e um amigo meu está sendo acusado de algo que não é verdade.

P: Você alguma vez se sentiu culpada por ser amiga de Michael Jackson?

R: Não eu não me senti.

SR. AUCHINCLOSS: Objeção; perguntou e respondeu.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: A resposta é não. Próxima pergunta.

P. PELO SR. MESEREAU: Você se sentiu culpada por alguma vez ter estado no quarto de Michael Jackson?

R: Eu não.

P: Você já sentiu culpa por alguma vez ter visitado o quarto de Michael?

R: Eu não.

SR. AUCHINCLOSS: objeção. Indução.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Negada. A pergunta foi feita.

SR. MESEREAU: Você ja teve a impressão de que Michael Jackson tinha falado com você com a intenção de levá-la para o quarto dele?

R: Nunca.

P. Você já teve a impressão de Michael Jackson falou com seu irmão com a intenção de levá-lo para o quarto dele?

R: Nunca.

SR. AUCHINCLOSS: Objeção. Indução.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA: Negado.

SR. MESEREAU: Sem mais perguntas.

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